terça-feira, 30 de outubro de 2018

Os apóstolos davam testemunho do Senhor


A natureza e a razão de ser igreja

Texto-base: Atos 6.1-7    
                                                                               
Texto áureo: Atos 8.4 “Mas os que andavam dispersos iam por toda a parte, anunciando a palavra."

Introdução (At 4. 32-37):

O motivo da vinda de Cristo ao mundo foi o amor de Deus. Ele veio dar-se a si mesmo para salvar a todos aquele que crer (Jo 3.16). A igreja é a criação de Cristo, portanto, divina, por isso, dizemos igreja cristã. Cristo veio servir e dar sua vida em favor de muitos (Mt 20.28), logo, a razão de ser igreja é servir e dar-se para a salvação de todos os homens. O corpo não pode ter natureza diferente da cabeça. Hoje, sabemos que a cabeça é o centro da vida, tanto assim que há morte cerebral, os órgãos do corpo do corpo apenas trabalham mecanicamente por algum tempo numa vida vegetativa. Quando o corpo, que é a igreja, está em desarmonia com a cabeça, que é Cristo (Cl1.18), ele sofre de deficiência espiritual, doença grave, degenerativa, que deforma e pode leva-la à morte. Aquela primeira igreja de Jerusalém é o modelo a ser seguido: era unida, os membros amavam-se a ponto de dar-se uns aos outros, não havia ciúmes, chegavam a vender seus bens como terras e casas e traziam os valores aos apóstolos para que distribuíssem aos necessitados. Havia poder na pregação e no testemunho da ressurreição do senhor e em todos os crentes havia a abundante graça divina (At 4. 32-35).

 A EXPRESSÃO DA VINCULAÇÃO DO SER HUMANO E DEUS (At 5.11-16)
A igreja é formada por pessoas salvas por Cristo, mas não perdem a sua “contingência humana” (é algo que o ser humano planeja que pode vir a acontecer, mas que não pode ser controlada, ou algo transitório), daí ser imprescindível que haja uma profunda vinculação (Ligar intimamente) com Deus e vigilância permanente (Mt 26.41). Com as mortes de Ananias e Safira não se abriu nenhuma polêmica, ninguém questionou se era necessário tanto rigor de Pedro; ambos mentiram ao Espírito Santo, seus corações estavam totalmente fora dos do que havia nos corações dos demais. Eles não compreenderam que o que estava no meio da igreja era um sentimento de amor e misericórdia, não se vincularam intimamente com Deus, e tentaram unir o sentimento de mentira com o santo. Houve um temor pelo acontecido, Uma reverência à Palavra de Deus. Tem faltado esse sentimento em nossos dias (temor e revência). Com Deus não se brinca; ou somos ou não somos comprometidos com ele na sua obra e convocação. A vinculação dos membros da igreja deve começar com a liderança. Os apóstolos estavam tão ligados com Deus que havia sinais e prodígios feitos entre o povo, e a igreja crescia em grande número. Não se buscava apenas curas para as enfermidades. Havia o maior milagre que pode ocorrer na vida do ser humano, a conversão a Cristo, porque a igreja era totalmente comprometida com Deus.
A EXPRESSÃO DA SUBMISSÃO AO SER SUPREMO (At 11.1-18)
O apóstolo Pedro  foi um rude pescador que se converteu, mas continuou polêmico. Era o típico líder agressivo, voluntarioso, com altos e baixos na conduta. Quis andar sobre as águas para chegar onde Jesus estava, vacilou na fé e começou a afundar; fez sublime declaração: “Tu és o Cristo” e, em seguida, teve a atitude abusada de repreender Jesus; na prisão de Jesus, foi valente, sacou uma espada, decepando a orelha do servo do sumo sacerdote, mas naquela noite negou Cristo por três vezes. Era um valente, desses judeus restritos que nem falava com os gentios. Mas, depois de negar que era discípulo do Senhor e ver aquela mirada de Jesus, chorou amargamente (Mt 26.75). A partir daí sua vida começou a mudar. No dia de Pentecostes não vacilou em acusar os matadores de Cristo (At 3.13-15), tornando-se um grande apóstolo. Em Jope, teve a visão para comer coisas que, para o judeu, eram imundas e recebe o chamado de Cornélio (At 10). Vai até a casa do centurião, prega o evangelho, este e muitos outros se convertem. Eram gentios, por esse motivo, ao voltar para Jerusalém, teve que dar explicações do acontecido. Mas, Pedro não é o velho Pedro. Não se exaltou, não fez polêmica. Simplesmente, contou os fatos acontecidos. Pedro, agora, é servo submisso (At 11. 1-17). E a igreja toda era a expressão da submissão ao Senhor Jesus, como diz o texto At 11.18. Pedro foi um dos principais apóstolos de Cristo na igreja primitiva. Não era infalível como (Gl 2.14), mas era submisso ao Senhor Jesus.
 A EXPRESSÃO DO SERVIÇO À COMUNIDADE QUE A COMPÕE (At 6.1-7)
Na igreja, há sempre dois tipos de problemas: os surgidos e os criados. Os problemas crias aparecem pela incompreensão, desobediência e pecados ocultos dos membros, como no caso de Ananias e Safira. Os sugeridos acontecem em face do crescimento, o espaço torna-se pequeno, falta de líderes, principalmente, capacitados para ensinar, falta de pessoas disponíveis para visitações ou socorrer aos necessitados. Foi o que aconteceu em Jerusalém. As viúvas gregas estavam passando necessidades. Os crentes hebreus não se preocupavam com elas. Começou a haver murmurações na igreja, chegando aos ouvidos dos apóstolos. Houve, então, a primeira assembleia administrativa da igreja. O chamado dos apóstolos era para que a igreja não descuidasse de servir às mesas, isto é, o ministério cotidiano. Era o primeiro escolher entre eles sete varões de boa reputação, de bom testemunho, cheios do Espírito Santo e de boa conduta, discretos e com aptidão para o serviço.
A EXPRESSÃO DA PROPAGAÇÃO DO EVANGELHO (At 8.1-8)
A igreja foi duramente perseguida, e depois do martírio de Estevão, os cristãos saíram de Jerusalém em grande número, espalhando-se para outras regiões e, por onde iam, levavam a mensagem do evangelho, chamando a atenção pela sua forma de vida.
Apesar das perseguições, os discípulos não deixavam de pregar o evangelho. Desta forma, Filipe foi a Samaria e pregou aos samaritanos, sendo que as multidões atendiam, ouvindo a mensagem e vendo os sinais operados. Posteriormente, Filipe foi ao deserto de Gaza, evangelizando e batizando o eunuco. O apóstolo Pedro foi a Jope e dali a Cesaréia, onde estava o centurião Cornélio e mandou que todos fossem batizados, ele e os que estavam em sua casa (At 10.47,48). Diz –nos textos que Saulo assolava a igreja, entrando nas casas e arrastava as pessoas, levando-as para a prisão. Pode nos parecer paradoxal, mas o ódio de Saulo já o fazia um agente da propagação do evangelho, porque para onde fosse a igreja perseguida, ela era a expressão da disseminação do evangelho pelo mundo conhecido então.
 CONCLUSÃO
A razão de ser igreja tem como prioridade o Senhor Jesus. Os demais ministérios da igreja devem ser consequência lógica dessa prioridade, por isso, os crentes têm que estar, profundamente vinculados e submissos a Deus. A razão de ser do nosso culto é o Senhor Jesus; os serviços que prestamos àqueles que necessitam, a começar pelos domésticos da fé, devem ser a expressão de ofertas agradáveis ao senhor, dando-nos primeiramente a ele (2 Co 8.1-5). A pregação do evangelho, a começar em casa e até o fim do mundo, é a maior expressão e característica da igreja de Cristo.

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