quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

APRENDENDO A DESENVOLVER A FÉ


Texto bíblico: Mc 9.14 – 29
Introdução: Neste texto, podemos ver um pai desesperado, lutando por filho, que estava sofrendo nas mãos do demônio, sofrendo ataques violentos, que o deixava surdo e mudo, jogava-o no chão, fazia-o espumar, ranger os dentes, com o corpo todo rígido (todo duro). Em momentos lançava-o no fogo, outrora na água, para lhe tirar a vida. Ataques que já aconteciam desde sua infância (o que indica que o menino já era um rapaz). Um pai atordoado pelas circunstâncias de seu filho, um sofrimento, uma dor, uma tristeza. Algo que parecia não ter esperança, sem solução (para aqueles que são pais, não há nada mais doloroso do que ver um filho sofrer, se pudéssemos trocaríamos de lugar com eles, quando estes momentos surgem em suas vidas). Este pai estava buscando uma solução para seu filho. Certamente ouviu falar dos milagres e sinais feitos pelos discípulos de Jesus, foi até eles com a esperança de ter o problema de seu filho solucionado, mas para sua surpresa, eles não puderam ajudá-lo. E ainda para piorar este fato desencadeou uma discussão entre os escribas e os discípulos de Jesus. (que provavelmente discutiam sobre a autoridade concebida aos discípulos em ocasião anterior). Este fato pode ter gerado dúvidas e indecisões, tanto para os discípulos quanto para aquele pai. A dúvida e a falta de fé passaram a imperar naqueles corações!! Uma estratégia que o diabo usa desde o começo em seu ataque ao “homem” no jardim do Éden (quando ali implantou a dúvida no coração da Eva), tentou esta mesma estratégia com o Senhor Jesus no deserto, quando ali o tentou, distorcendo a Palavra de Deus para induzir o Senhor com dúvida. Uma geração incrédula que facilmente, deixava a dúvida ser implantada em seus corações. Daí a indignação do Senhor em chama-los de “geração incrédulas”. Até quando Ele (o Senhor) teria que suportar toda aquela falta de fé?
Aquele pai ao ver Jesus, vai ao seu encontro. Uma nova esperança surge! E ao encontrar-se com Jesus se põem de joelhos e Roga para que Jesus ajude seu filho. (Mt. 17.14,15). A partir deste momento há um novo desfecho!! Era o próprio Senhor que conduziria toda aquela situação.
Podemos assim ver alguns fatos que envolveram a vida deste pai, seu filho, o Senhor e os próprios discípulos. Podemos assim tirar algumas lições que contribuíram para o desenvolvimento da fé daquele pai, vejamos:
ATITUDES QUE CONTRIBUIEM PARA O DESENVOLVIMENTO DA FÉ
1- Devemos buscar sempre uma vida de consagração - Diante do “problema e da luta”, aquele pai buscou ajuda com os discípulos de Jesus. Fato corretíssimo! Porém não foi atendido como necessitava. Os discípulos não conseguiram expulsar o demônio que estava sobre o rapaz, embora estes receberam do próprio Senhor “autoridade e poder” para pregar o reino de Deus, curar os enfermos e expulsar os demônios (Mt 10.1; Lc 9.1,2). Porque então, eles não conseguiram expulsarem este demônio? A resposta para isto veio do próprio Senhor Jesus – Vs. 29 – Era uma “casta” – Uma espécie de demônio que só sai com jejum e oração. Este fato nos ensina que a igreja precisa está sempre em oração e jejum, isto é, precisa de consagração. O princípio que fica em evidência, é que se os discípulos tivessem uma vida de oração e jejum, como Jesus o tinha, eles poderiam ter trazido solução para a angústia daquele pai. Assim, a vida de oração e jejum de uma igreja ou de alguém é o termômetro que mostra a sua condição espiritual. Onde há muita oração e jejum resultante da dedicação genuína a Deus e à sua Palavra há fervor espiritual e abundância de fé. Vejamos alguns versículos que nos mostra como devemos prosseguir:
Mc 1.35: “E, levantando-se de manhã, muito cedo, fazendo ainda escuro, saiu, e foi para um lugar deserto, e ali orava”.

Lc 5.15-17: “A sua fama, porém, se propagava ainda mais, e ajuntava-se muita gente para o ouvir e para ser por ele curada das suas enfermidades. Ele, porém, retirava-se para os desertos, e ali orava. E aconteceu que, num daqueles dias, estava ensinando, e estavam ali assentados fariseus e doutores da lei, que tinham vindo de todas as aldeias da Galiléia, e da Judéia, e de Jerusalém. E a virtude do Senhor estava com ele para curar”.

2- Evitar discussões com aqueles que não têm nada a acrescentar (Vs.14) – Provavelmente depois da frustrada tentativa para expulsar o demônio do rapaz e não conseguindo, os discípulos de Jesus entraram em uma discussão com os escribas. O que não acrescentava nada em sua fé, pelo contrário, suas dúvidas aumentaram sua incredulidade... daí o motivo da indignação do Senhor Jesus, a ponto de chamar todos de incrédulos e até quando Ele (o Senhor) deveria suportar tanta falta de fé. O diabo há tempo vem utilizando esta estratégia para enfraquecer os salvos em Cristo, deixando-os vulneráveis, duvidosos e incrédulos. Tirando-lhes assim a autoridade e poder concedida pelo Senhor para expulsá-lo.

3- Prostrar-se diante do Senhor mediante qualquer  dificuldade - A vida sem Cristo é vazia e não tem sentido, por isso, não nos intimidemos com a presença daqueles que não crêem no Senhor, mas peçamos insistentemente Sua ajuda. Foi exatamente isso que aquele pai fez, prostrou-se diante do Senhor e clamou (Mt. 17-14,15). Mesmo que naquele momento sua fé também estivesse abalada pela discussão, ele foi e clamou por Aquele que pode solucionar seu problema.

4- Devemos abandonar todos os sintomas de incredulidadeDiante de Jesus aquele pai ao clamar por socorro tinha um vestígio de incredulidade... Se tu podes fazer alguma coisa, tem compaixão de nós e ajuda-nos (Vs.22). Veja qual foi a resposta do Senhor a ele: Se tu podes crer, tudo é possível ao que crer (Vs.23). Não era o que o Senhor poderia ou não fazer, ele pode todas as coisas (Jó 42.2; Lc 1.37) e sim o quanto aquele pai estava disposto a crer no Deus do impossível. Sem fé é impossível agradar a Deus; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam. (Hebreus 11:6). Deus não agirá nada vida de quem quer que seja, se não encontrar em sua vida a “fé”. Pois Ele é o que sonda os corações e conhece todos os pensamentos (Sl 139.1-4). Foi isso que o pai do rapaz entendeu, disse que cria e pediu ajuda para sua incredulidade (e neste momento havia sinceridade em seu coração e suas palavras). Era necessário ele (o pai) primeiramente ser curado de sua incredulidade, para então o filho ser liberto da possessão.