quarta-feira, 7 de setembro de 2011

SETE MERGULHOS QUE RESTAURAM A LEPRA DO PECADO

TEXTO BIBLICO: 2 Reis 5.10, 13, 14
Introdução



A doença - Lepra (hanseníase) é uma doença transmissível causada por uma bactéria (Mycobacterium leprae), afeta na maioria dos casos a pele e os nervos. Ela progride lentamente com uma média de um período de incubação de três anos. A principal característica de alguém que possui essa doença é a perda da sensibilidade ao calor, e muitas vezes a mutilação de partes do corpo.

O tratamento - Hoje existem remédios que podem trazer a cura desde que diagnosticado em seu começo. Nas unidades básicas de saúde existe tratamento pelo SUS (sistema único de saúde) gratuitos.

Naamã – O capitão do exército Sírio - Era um grande homem diante do seu SENHOR, e de muito respeito; era um grande homem diante do seu SENHOR, e de muito respeito (vs.1) Vemos nesse texto a história de um homem que podia dizer que tinha de tudo; prestigio dinheiro, fama, e tudo mais que uma pessoa normal sonharia em ter. Era herói de guerra, sua farda estava cheia de condecorações por seus atos de bravura. Porém era leproso. Um grande sucesso para o público, e um imenso fracasso pessoal.
Diante do povo, Naamã usava sua farda militar toda cheia de medalhas e condecorações em sua armadura; era vistoso e respeitado. Mas quando tinha que tirar sua farda na intimidade de sua casa, e sua ferida era exposta e tinha que mostrar quem realmente ele era.

Uma visão espiritual - Naamã é a simbologia do estado espiritual de muitos hoje. No mundo espiritual a lepra pode representar o pecado. Assim como a doença física, o pecado causa morte espiritual.

Comparação dos sintomas da lepra com a vida espiritual:

• Perda da sensibilidade ao calor (não sente mais a presença de Deus), o fogo e a paixão de Deus não ardem mais. E por mais que Deus faça, não há percepção de nada. Ou pior ainda, fica insensível.

• Manchas no corpo, ou seja, o pecado já esta impregnado na pele.

• Uma doença transmissível, ou seja, Quando não há sensibilidade para as coisas de Deus, que já não se importa e disseminar o pecado a outras pessoas.

• Mutilação de partes importantes do corpo, ou seja, quando estamos insensíveis, e nos tornamos contagiosos, logo vemos que parte do corpo de Cristo começa a ser afetada por nossa causa.

A frustração de Naamã e seu orgulho – Ele vai até o profeta Eliseu munido de presentes e valores (estava disposto a pagar por sua cura). E ao contrario do que pensava, Eliseu não o recebe, (talvez porque fosse leproso, havia uma lei que proibia a qualquer um de ter contato com leproso. O único relato de alguém que tocou em um leproso foi o de Jesus. E uma oportunidade que Eliseu teve de mostrar à Naamã, que diante de Deus somos todos iguais e ninguém merece glória a não ser Deus). Talvez por causa das dificuldades que aquele homem possa ter enfrentado para chegar à fama que chegou, Naamã desenvolveu uma soberba muito grande. Na porta da casa do profeta, ele foi recebido por um mensageiro, que lhe orienta: Vai, e lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne será curada e ficarás purificado. Indignado por não ser recebido pelo profeta, rejeitou sua orientação. Pois não queria descer as águas do rio Jordão, por que em sua terra havia rios com águas mais limpas. Vai embora com sua indignação.

Naamã retrocede - Diante do apelo dos seus servos ele retrocede (talvez pagando para ver o que poderia acontecer) e faz conforme foi orientado.

Sete é o número profético ligado à purificação e à restauração. Se estivermos dispostos a sermos curados em qualquer área das nossas vidas, devemos estar prontos à sermos tratados por Deus. Naamã se submeteu ao tratamento do Senhor e teve sua vida restaurada.

OS SETES MERGULHOS QUE RESTAURAM SUA VIDA

O PRIMEIRO MERGULHO

O primeiro mergulho de Naamã não o livra da lepra, e sim da sua soberba. Naamã teve que se despir – Mostrar seu interior cheio de chagas, feridas, se expor.
Para que Naamã pudesse ser curado, o primeiro mergulho foi fundamental, porque foi a prova de total submissão a vontade de Deus. Quando disse que conhecia outros rios melhores (Vs.12), é porque o Jordão era um rio muito sujo, e para um comandante tão renomado se rebaixar a tanto era uma ofensa. Porém, assim como Deus faz hoje, muitas vezes Deus nos pede algo que fere nosso conceito para provar nossa total submissão a sua autoridade. No primeiro mergulho é a hora que Deus vence o homem e a soberba. O primeiro mergulho revela a total dependência do homem a Deus.

O SEGUNDO MERGULHO

No 2º mergulho, começa a aumentar em grande potencia algo que tem paralisado a muitos, que é a DUVIDA. Imagino que nessa altura do campeonato não era pequena a duvida no coração de Naamã sobre a eficácia de seu tratamento. Nessa época não havia tratamento para a lepra, a providencia tomada para os leprosos foi construir uma cidade bem longe do alcance de todos, para que pudessem viver de maneira solitária até sua morte. Morte que para quem era escravo dessa doença não era o pior e sim uma esperança de alivio. Se você ler o capitulo 7 no versículo 4 do livro de II Reis. vemos o relato de alguns leprosos que planejam entrar na cidade, sobre seu raciocínio que se morressem assassinados ou pela doença era a mesma coisa, isso mostra o pensamento de alguém que era escravo que encarava a morte como alivio.
Muitos são os relatos de grandes homens de Deus que duvidaram da promessa de Deus, porem desses que duvidaram somente os que perseveraram alcançaram a concretização dessa promessa.
Cansar é justo para os que estão na batalha, o que não se pode fazer é desistir. Eu tenho direito de querer arriar a cruz, o que eu não posso é abandoná-la. No evangelho de Marcos 8:34 Jesus da as cartas, e as condições para os que desejam seguir. Aquele pois que quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me. Jamais ele disse que seria fácil, porem, podemos ter a confiança do que diz sua palavra de que ninguém tem o fardo maior do que possa carregar.
A duvida rouba a fé, e mina as esperanças. Quando das promessas de Deus e da eficácia da igreja de Cristo na terra, em pouco tempo estaremos vivendo a escassez e solidão.
Primeiro ele vence a si mesmo, depois, vence sua duvida. Imagine o que ainda haveria de vir. Todavia faltam 5 mergulhos. Qual será o propósito de Deus em tudo isso?



O TERCEIRO MERGULHO

O homem Naamã – Aparência x essência

Naamã era grande perante os outros. Tinha autoridade, posição, títulos, riqueza, poder e glória humana, “porém leproso”. O “porém” desvaloriza tudo o que foi dito antes.
Seria humilhante para ele. Então no 3º mergulho Naamã vence a VERGONHA, não apenas de toda sua condição física, mas a vergonha de estar fazendo algo que ele não sabia que poderia dar resultados bem diante dos olhos de seus escravos. Ele devia descer ao rio, descer da sua posição, descer do seu orgulho.
Deus estava querendo ensinar-lhe que a obediência parcial não resolve. Queremos resultados imediatos. O homem moderno, principalmente, quer tudo “para ontem”, mas Deus não faz as coisas do nosso jeito. Naamã obedeceu completamente à palavra do profeta, ou seja, a palavra de Deus.
O nível do sacrifício que oferecemos a Deus determinara o nível de manifestação de sua presença.

O QUARTO MERGULHO

No 4º mergulho era hora de deixar o passado para trás. Deus o estava livrando de suas impurezas não apenas físicas, mas emocionais e espirituais. Era o momento de sua redenção. Quando aceitamos a Cristo, não somente recebemos todas as suas bênçãos, como também somos enxertados Nele, ou seja, somos submergidos Nele.
Por isso que o apostolo Paulo declara com propriedade (Romanos 8:35) que nada pode nos separar do amor Cristo, porque uma vez enxertados é quase que impossível tirar-nos de lá.
O apostolo Paulo declara, uma coisa só eu faço, esquecendo-me das coisas que para trás ficam, e olhando as que estão adiante, prossigo para o alvo da soberana vocação de Cristo Jesus (Fil.3:13). . Paulo diz não estou fazendo nada complicado, uma coisa só eu faço que esquecer-me das coisas passadas para prosseguir. É uma condição. Não é difícil, depende apenas de uma decisão.

O QUINTO MERGULHO

No 5º Mergulho Naamã vence a ANSIEDADE. Ele aprende que não podemos pular as fasesTodas elas são necessárias para formação de quem nos tornaremos. Cada mergulho teve sua importância. Desde o primeiro que vence o orgulho ao ultimo, tornaram-se um processo na cura total do grande capitão.
A bíblia nos adverte “não andeis ansioso por coisa alguma”. A ansiedade de certa forma gera uma falsa expectativa em relação ao futuro. E muita vez gera em nós uma visão distorcida daquilo que é a realidade, ou seja, a ansiedade deturpa nossa visão em relação ao propósito de Deus, trazendo de volta as evidencias do orgulho,
a dúvida, a vergonha por eu achar que estou no lugar errado e levanta as evidencias do meu passado. Assim que, afundar a ansiedade é antes de qualquer coisa, afundar definitivamente as evidencias de coisas que eu já venci.

O SEXTO MERGULHO

No 6º mergulho ele vence o cansaço. Em sua cabeça poderia está tendo vários pensamentos. Poderia está fazendo uma retrospectiva de quanto andou para chega até ali. Quanto buscou para se curar. E neste momento estava respondendo ao amor de Deus. E isso o motivava a continuar. Recuar ou desistir não era a saída para seu problema, o mínimo que ele podia fazer era responder ao amor sublime, e colocar-se a disposição.
A única coisa que você pode fazer é aceitar o chamado do mestre. Quando em Mateus 11:28 “vinde a mim vós que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei.” A sensação de alivio, é aquela quando estamos vivendo um dura pressão em nossas vidas, e derrepente tudo se resolve.

O SÉTIMO MERGULHO

Naamã em seu ultimo mergulho afunda de uma vez a velha criatura que o impedia de ser realmente feliz, e torna-se um homem livre. Todas as honrarias já não importavam mais, todas as vitórias sobre seus inimigos já não tinham o mesmo gosto. O que ele realmente precisava estava com ele. Sua maior conquista, estava dentro de sua realidade agora. Um homem altivo, soberbo, cheio de si se apresentando a Eliseu, e o que se apresenta depois dos 7 mergulhos é um homem totalmente restaurado.
No ultimo mergulho, Naamã submerge seu último inimigo a ingratidão.
A ingratidão é um dos piores sintomas da lepra. Você já parou pra pensar, tudo o que Deus fez com você. Todos os livramentos, conquistas e como tem sido escrita a sua historia.
Ele entendeu que a maneira como respondemos ao amor de Deus, interfere na maneira como Deus se manifestará. Todas essas barreiras que Naamã teve que afundar nas águas, na verdade eram barreiras que o impediam de responder ao grande amor de Deus que estava sendo revelado a ele, durante toda a sua vida. Em Lucas 17:16 vemos o reflexo dessa gratidão, em uma historia muito similar a do comandante Sírio. Havia 10 leprosos, 1 voltou para agradecer. Curiosamente eram leprosos, e curiosamente, somente 1 aprendeu a lição.

A única coisa que Deus espera de nós é que respondamos a esse amor. Naamã aprendeu a lição.

Deus sempre estará esperando que manifestemos a resposta desse amor que Ele tem por nós, e talvez, de uma das melhores formas. Com GRATIDÃO.

INDO AO ENCONTRO DE JESUS

TEXTO BIBLICO: MATEUS 15.21-28
INTRODUÇÃO: Depois de ter ensinado e pregado aos judeus, Jesus segue em direção das proximidades das cidades gentílicas (isto é, não judaicas). Tendo chegado ali procurou uma casa para que pudesse se ocultar (talvez ter um pouco de privacidade), mas não pode (sua mensagem é maravilhosa e seus efeitos são poderosos para que pudesse ficar em oculto). Logo que uma mulher Siro-fenícia (de origem grega) fica sabendo de sua presença, vai ao seu encontro. Ela sai em busca de solução para o seu problema. Sua filha estava endemoninhada. Mas ao clamar por ajuda não recebe de Jesus a atenção que conclamava.

TEMA: Quando vamos ao encontro de Jesus!

1) Devemos ter uma fé orientada (v.22) – A mulher era de origem gentílica (era grega), o que indica que talvez não conhecesse as leis judaicas perfeitamente. Mas ela buscou informação sobre “O Messias esperado pelos judeus”, pois quando soube da presença de Jesus (e de certo também ouviu falar de seus ensinos e obras) foi ao seu encontro. E quando o encontra, clamava: Senhor, Filho de Davi, tem compaixão de mim – esta expressão, é a expressão de quem realmente sabia quem era Jesus, O Rei dos reis, O filho de Deus – O Salvador.
Quando vamos ao encontro de Jesus precisamos conhecê-lo, saber quem é realmente Jesus, reconhecer sua soberania e sua missão.

2) Devemos ter uma fé modesta (v.22) - A maior necessidade que esta mulher tinha era a libertação de sua filha. E era isso que ela buscou naquele momento. Talvez tivesse outras necessidades, mas não se importou em aproveitar a oportunidade para entregar uma lista de suas necessidades ao Senhor. Foi modesta em buscar somente a libertação de sua filha, pois era o que mais necessitava. Quando vamos ao encontro de Jesus, precisamos ser modestos, não fazermos uma lista de necessidades para entregar ao Senhor, a fim de que aproveitemos a oportunidade. Pois Deus conhece todas as nossas necessidades. Devemos buscar sim, o reino dos céus e sua justiça, e as demais coisas nos serão acrescentadas (Mt 6.33)

3) Devemos ter uma fé persistente (v. 23,25) – Jesus ouve o seu clamor, mas não responde uma palavra. O Messias esperado estava diante dela e não responde o seu clamor – Uma frustração. Ela teve “motivos” para desistir, voltar para sua casa e continuar a conviver com seu problema (o que seria o óbvio naquele momento). Mas não foi esta a atitude que teve e sim de persistência.
Quando vamos ao encontro de Jesus temos que ter uma fé persistente- Não desistir ao primeiro sinal de dificuldade, impedimento ou falta de resposta no momento.

4) Devemos ter uma fé humilde (v.25) – No evangelho de Marcos 7.25 ela lança-se aos pés de Jesus. Mesmo sabendo que o Senhor não ouvia sua petição naquele momento.
Quando vamos ao encontro de Jesus, mesmo que pareça-nos que o Senhor não nos ouve, devemos ser humildes para nos prostrar aos seus pés.

5) Devemos ter uma fé de adorador (v.25) – Ela veio até Jesus e o adorou. Entendeu que para receber sua benção era preciso ter um espírito de adorador. Deus procura e abençoa os que realmente são verdadeiros adoradores (Jo 4.23).
Quando vamos ao encontro de Jesus, precisamos ter espírito de verdadeiros adoradores. Pois seremos achados por Deus e seremos abençoados por Ele.

6) Devemos ter uma fé que não desperdiça (v.26,27) – Estes versículos são um pouco dramáticos, pois aqui a primeiro instante parece que Jesus foi “áspero” com suas palavras a mulher que clamava por sua misericórdia. Na realidade ao perceber que a mulher tinha conhecimento a seu respeito, Jesus testa-lhe a fé, quando diz que não era bom que o pão seja tirado dos filhos e lançado aos cachorrinhos.

a) Jesus é o pão que desceu do céu (Jo 6.33,41) – Jesus é o pão da vida que desceu do céu primeiramente para os judeus e depois para os gentios. Porém os judeus não o aceitaram quando murmuravam contra Ele, desperdiçaram o pão da vida que foi lhes dado por Deus.

b) Jesus é o pão que foi feito em migalhas (Mt 26.26) – Jesus deu sua vida por todos indistintamente (Jo 10.11-16).
Os judeus comparavam os gentios como cachorros (no que tange vida com Deus), neste caso Jesus não compara a mulher como um cachorro, e sim quando fala de cachorrinhos, alguém que está muito próximo Dele, mas ainda não era a hora para que Ele manifestasse seu poder e glória a eles (os gentios).
A mulher entendeu perfeitamente sua colocação, mas retrucou dizendo que ela aproveitaria bem as “migalhas” do Pão que estava sendo desperdiçado pelos judeus.
Quando vamos à presença de Jesus, não devemos a exemplo dos judeus desperdiçar o “Pão da vida” que foi feito em migalhas para atender os necessitados de Deus.

CONCLUSÃO: Quando vamos ao encontro de Jesus precisamos ter uma fé orientada: sabendo quem é realmente Jesus, reconhecer sua soberania e sua missão. Devemos ter uma fé modesta: não sendo oportunista fazendo petições de coisas que não são tão primordiais em nossas vidas. Buscando primeiramente a justiça de Deus. Devemos ter uma fé persistente: Não desistir em primeiro instante quando não há resposta para nosso clamor. Devemos ter uma fé humilde: Estarmos dispostos a nos prostrar aos seus pés. Devemos ter uma fé de adorador: Adorá-lo em espírito em verdade. Devemos ter uma fé que não desperdiça: Não desperdiçar o “Pão da vida” que foi feito “migalhas por nós”.

Hoje você tem a oportunidade de fazer um encontro com Jesus . Mostrar sua fé e receber dele a benção para sua vida.

Dc. Anderson Soares